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03.10.2020 às 13h59
Muito abalada pelo facto de o seu maior ‘abastecedor’, o Festival de Cannes, não se ter realizado, a Festa do Cinema Francês reinventa-se com outras propostas. Um olhar sobre os principais destaques
FRANCISCO FERREIRA
Miss”, novo trabalho de Ruben Alves, marca o regresso do luso-francês à ficção sete anos após o êxito de “A Gaiola Dourada”
Não desarma a Festa do Cinema Francês, mostra não competitiva do cinema do hexágono que há 21 anos se cumpre entre nós e que este ano adotou o lema “O Cinema Resiste”, adaptando-se à covid-19 com “a transmissão de uma seleção de filmes em streaming para todo o território português em paralelo à exibição em sala” via Filmin. Para os mascarados com saudades do grande ecrã, inaugura-se quinta-feira, no Cinema São Jorge, com “Miss”, novo trabalho do luso-francês Ruben Alves, de volta à ficção sete anos após o êxito de “A Gaiola Dourada”. É a história de um gracioso rapaz (Alexandre Wetter) que parte em busca de um sonho de menino, ser coroado Miss França, o género pouco importa, saiba ele esconder a sua real identidade.
Na Festa serão exibidos novos filmes das mais proeminentes atrizes do país: Juliette Binoche chega de tailleur como tutora de uma escola feminina de boas maneiras em 1968, ano de revoluções, na comédia “Manual de Boa Esposa”, de Martin Provost; Isabelle Huppert é polícia-intérprete de francês e árabe a trabalhar no departamento de escutas da divisão de narcotráfico no novo thriller de Jean-Paul Salomé, “Agente Haxe”; já Catherine Deneuve surge duas vezes na secção Segunda Chance, que recupera obras já estreadas: “Festa de Família”, de Cédric Kahn e “O Adeus à Noite”, de Téchiné. “Clara e Claire”, “Frankie” e “Retrato da Rapariga em Chamas” também constam do lote.