Exclusivo! Grazi Massafera em um papo sincero sobre vaidade, moda e maternidade

07/05/2019

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Grazielli, mais conhecida como Grazi Massafera pós-Big Brother Brasil, se prepara para a próxima protagonista de sua carreira como atriz e redescobre as coisas simples da vida


07/05/2019 - 05h37 - Atualizado 05h37 por RENATA PIZA


Grazi Massafera. Todos os looks mostrados nas fotos são da coleção de inverno da Forum. instalação de Janaina Mello landini. (Foto: Cássia Tabatini)


Grazielli, mais conhecida como Grazi Massafera pós-Big Brother Brasil, se prepara para a próxima protagonista de sua carreira como atriz e redescobre as coisas simples da vida. Em entrevista exclusiva para a Vogue de maio, ela abre o jogo e conta como se transformou com o passar do tempo.


37 anos, natural de Jacarezinho, no Paraná, mais precisamente da vila São Pedro. Fã de samba – já foi passista -, miss Brasil, ex BBB, atriz e mãe de Sofia. São muitas Grazis, mas todas elas têm um denominador em comum: a capacidade de sonhar e correr atrás. Confira a entrevista:


Você vai interpretar uma costureira, Paloma, a segunda protagonista da sua carreira. Sabe costurar? Como tem sido essa experiência?
Pego uma máquina de costura e sei mexer, fazer overlock. Minha mãe era costureira e faço muita roupinha de boneca com a Sofia. Graças à Paloma, estou entrando em contato novamente com esse mundo da minha mãe, esse mundo em que cresci.


E sua relação com a moda? De onde vem? Como você lida com ela?
Sou bem moleque no dia a dia, quase criança. Amo andar descalça, sem maquiagem, só com protetor solar. Gosto de ficar assim e em casa uso quase sempre a mesma coisa: uma camiseta de arco-íris que a Sofia adora. Ganhei minha primeira bolsa do pai da minha filha (o ator Cauã Reymond, pra quem não sabe) e comecei a pesquisar mais sobre moda, mas logo vi que não era uma pessoa que seguiria tendência. Gosto das opções que a moda traz, da capacidade de deixar a gente mais bem-humorada, de ver o que é novo. Mas não dispenso o bom e velho jeans, camisetas e tênis.


E a beleza? Como você lida com a expectativa de estar/ser sempre bonita?
Cresci com esse peso, porque minha mãe, que foi uma mulher muito bonita, colocou muita expectativa em mim. Na época em que fui Miss, isso foi ainda mais forte. Por muito tempo acreditei que não tinha mais nada além da beleza que viam em mim – e que eu mesma nunca vi, não vejo até hoje. Com a maturidade e com a maternidade, aprendi que a beleza física me ajuda a ganhar dinheiro, a dar uma vida melhor às pessoas que amo, então sou muito grata. Mas existe muita beleza em outras coisas, nem sempre ditas às mulheres: no talento, na força, no trabalho.


Qual era seu sonho antes da fama?
Sonhava em ter perfumes! Na época de Miss Brasil, viajei para o Japão e a China e as misses paravam no freeshop e compravam perfumes. Eu fui para lá só com um cartão para ligar pra minha mãe se desse alguma merda (risos). E pensava: ‘gente, é tão normal as pessoas entrarem num lugar e comprarem assim do nada? Porque em casa perfume era só no Natal, e era tão especial pra mim, que usava de pouquinho. Sonhava com uma penteadeira cheia de perfume e dizia para mim mesma que um dia teria aquilo. Na minha primeira casa, enchi a pia do banheiro de perfume. Depois, foi a vez do telefone, era apaixonada. Nossa, como queria ter celular. Tinha várias capinhas.


E hoje?
Meu sonho é me manter com vigor, com desejo, com sonhos. Já passei do que sonhei pra mim. E tenho muitos sonhos para a minha filha, sonho que ela cresça num mundo mais igualitário e com menos violência. Também sonho em dar um irmão pra ela. Pra mim mesma, espero manter o tesão pela vida, o interesse pelas pessoas.


Como é ser mãe? E como foi sua infância?
Cresci na rua, tomando banho de chuva, brincando de queimada, subindo no pé de árvore para pegar fruta. E fazia tudo a pé, catequese a pé, casa da tia, a pé. Com a Sofia já é tudo diferente, mas tento aproximá-la do verde, dos bichos, ensinar a atravessa a rua, ver o semáforo - parece uma bobagem, mas no interior se ensina isso muito cedo. E com a Sofia tenho aprendido a ter mais sabedoria, a ver o tempo inteiro o quanto preciso melhorar, evoluir. A olhar para as minhas falhas, discernir o que é do pai e o que meu, a me autoelogiar, coisa que não sabia. E a me posicionar. Ela já nasceu falando pra amiguinha assim: ‘você me convidou pra brincar, então não pode brincar mais com as outras meninas e me deixar de lado’. Eu nunca faria isso. Ia ficar sofrendo ou brigar. Ela foi no tom, falou tudo com muito carinho.


Você já foi Miss Brasil, BBB, é atriz, modelo. Quando começou a trabalhar?
Comecei cuidando de criança da vizinha em casa e fazendo a unha da família. Isso com 12, 13 anos. Ganhava um dinheirinho, mas nem considero trabalho. Trabalhar mesmo foi com 15 pra 16. Entrei numa loja de cosméticos, depois num salão de beleza. Meus pais são muitos trabalhadores, meu pai costuma dizer que missão dada é missão cumprida. Por isso, sempre achava que estava em dívida, foi difícil perceber que era merecedora.


E qual a coisa que você teve mais apego durante a transição pré e pós-fama?
Minhas maquiagens do Paraguai (risos). Demorou muito tempo pra desapegar do pó Marchetti. Fazia make com o melhor maquiador, o melhor produto. Aí falava: posso dar meu toque? E usava o pó, encomendava pra minha mãe. E comprava um lápis que custava 1,90 e mandava vir de Jacarezinho.


Styling: Luna Nigro
Beleza: Krisna Carvalho
Produção Executiva: Marina Chicca
Agradecimento: Zipper Galeria



https://vogue.globo.com/moda/moda-news/noticia/2019/05/exclusivo-grazi-massafera-em-um-papo-sincero-sobre-vaidade-moda-e-maternidade.html


 

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