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28/06/2019
Antes, a atriz ganhou os concursos de Miss Santa Catarina e de Miss Blumenau: 'Encarei o concurso para vencer e ser livre'
MD Melissa Duarte*
postado em 28/06/2019 16:10 / atualizado em 28/06/2019 17:22
Vera Fischer em 1969, aos 17 anos, quando se tornou Miss Brasil(foto: Arquivo/CB)
A data 28 de julho de 1969 ficou eternizada para Vera Fischer. Há meio século, a artista se tornava Miss Brasil, aos 17 anos, e se tornou ícone de beleza. A cerimônia foi realizada no Maracanãzinho, que estava lotado e vibrante, no Rio de Janeiro. Lá, recebeu o título das mãos da baiana Martha Vasconcellos, Miss Universo 1968.
Depois da cerimônia, a atriz viajou para os Estados Unidos, onde disputou o concurso mundial. Para participar, precisou falsificar os documentos — era necessário ser maior de idade. A informação foi revelada na autobiografia dela.
A coroa deu à Vera a tão sonhada liberdade para sair da casa dos pais, em Blumenau, e ir morar na capital fluminense. O título foi a porta de entrada para a carreira de atriz, que começou nos cinemas com as pornochanchadas, como Anjo loiro (1974).
A estreia na televisão ocorreu três anos depois, na Rede Globo -- onde continua até hoje -- em Espelho mágico (1977), em que viveu uma ex-Miss Brasil e atriz de pornochanchada, assim como Vera.
Depois, a artista se destacou como Jocasta em Mandala (1987) e Helena, em Laços de família (2000). A última novela da atriz foi Espelho da vida (2018), na qual interpretou Carmo e Gertrude.
Antes disso, estava afastada da tevê desde 2013 — quando fez Salve Jorge —, por falta de convites. Vera foi casada com o atores Perry Salles, com quem teve Rafaela, e Felipe Camargo — juntos, geraram Gabriel.
Ao Correio, Vera Fisher falou da experiência, da representação do concursos nos dias de hoje e da transição de miss para a carreira de atriz.
Entrevista // Vera Fisher
O que receber esse título representou para sua vida? O que mudou?
Eu estudava muito, devorava livros, como faço até hoje, usava óculos de grau, pensar em ser Miss era uma afronta, pois eu era uma intelectual. Mas a chance de sair de Blumenau e ser livre era meu sonho... Encarei o concurso para vencer e ser livre. Deu certo!
Ao olhar para 50 anos atrás, você mudaria algo em sua trajetória? Tem algo que faria diferente?
Nada. Amo a minha história, minha vida, meus filhos.
Como você vê os concursos de miss hoje em dia?
Hoje em dia não tem mais o investimento em algo tão bonito. O glamour continua. Vários países da América Latina, do mundo, o concurso é valorizado, todo mundo para pra assistir, torcer, é lindo. É um prêmio que valoriza a beleza, a moda, o glamour. Os concursos masculinos também são lindos.
Como foi a transição de miss para atriz? Já era algo que você queria antes?
Foi natural. Naquele tempo era natural os concursos de beleza revelarem também atrizes. Eu queria atuar sim, mas na época não me achava tão capaz.
O que você diria hoje para a Vera de 17 anos que foi Miss Brasil?
Pode seguir que sua determinação é o que te faz livre!
*Estagiária sob supervisão de Adriana Izel
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