Colombiana perde vaga no Miss Universo após polêmica, e país tem candidata inusitada

16/10/2020

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Folhapress 
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Jovem com pinta em parte do rosto é a favorita no Miss Colômbia


16/10/2020 - 08:53
Patricia Cuero
Patricia Cuero (Foto: Patricia Cuero/Instagram/@patricia_cuero17)


O Miss Colômbia como estamos acostumados a ver pode não ser mais o mesmo. Isso porque o concurso do nosso vizinho latino passou por mudanças estruturais neste ano, e que não foram motivadas pela pandemia do coronavírus. A responsável, na verdade, é a modelo Natalie Ackermann que, em junho, quebrou uma tradição de 85 anos em seu país.


Ex-miss, Ackermann queria voltar aos concurso de beleza, mas atuando atrás das cortinas, e não em uma disputa qualquer, mas no Miss Universo. Para isso, estudou, montou uma proposta e apresentou suas ideias na sede da competição, em Nova York (EUA). E agora é a detentora da franquia, sendo responsável pela escolha da representante colombiana no famoso concurso internacional.


Antes disso, a representante do país era eleita pelo Concurso Nacional de Belleza (CNB), comandado por Raimundo Angulo. Durante décadas, ele fez uma espécie convênio com o Miss Universo, para assim enviar uma titular colombiana ao palco sem ser o dono contratual do passe. Tanto que, em novembro passado, elegeu María Fernanda Aristizabal Urrea, com a promessa de que ela estaria no Miss Universo.


O problema é que a chegada de Ackermann mudou um pouco as coisas. Segundo a imprensa local, a empresária não se entendeu com Angulo para manter Urrea no trono. As publicações apontam que ele pediu detalhes contratuais confidenciais, impôs restrições para trabalhar a imagem da miss, e não deu respostas solicitadas em um prazo considerável.


Ackermann chegou a manifestar em conversas com jornalistas seu desejo de que Urrea disputasse o Miss Universo, pois sabia que era o sonho da garota, além de ela mesma ter treinado a jovem para o posto. Mas, com esses impasses, ela foi retirada da disputa e agora deverá disputar outro concurso internacional, ainda não anunciado pelo CNB.


Sem Urrea, a nova organização selecionou então 31 postulantes à coroa nacional. Uma das candidatas tem chamado a atenção, não só do público e dos fãs mas também da imprensa colombiana, que a destaca como uma das grandes favoritas ao posto. Patricia Cuero, 18, representa o Valle del Cauca, e tem uma aparência não muito usual nos concursos de beleza.


Cuero é negra, com traços latinos e um diferencial: uma pinta escura em parte do rosto. A marca de nascença desce por uma das laterais de sua testa, a partir de seu cabelo, e circunda um dos olhos. Segundo disse em entrevistas, desde criança, ela se interessou pelas passarelas, mas foi desencorajada por pessoas que a fizeram acreditar que, por causa de sua pinta, não era bonita ou adequada.


Natural de Buenaventura, ela tem 1,81 metro de altura e estuda criminalística. A final do concurso, que segue todas as regras da OMS (Organização Mundial da Saúde) para com a segurança sanitária, será de 6 a 16 de novembro em Barranquilla. Só então, saberemos o nome da vencedora que vai disputar o Miss Universo, que terá a gaúcha Júlia Gama como representante brasileira.


PROIBIDO MULHERES TRANS
Outra polêmica iniciada em junho, com a chegada de Ackermann, foi em relação às novas regras para se inscrever no Miss Colômbia. Entre os 15 termos para a escolha da próxima representante publicados pela nova organização, está uma em que se proíbe a participação de transexuais e transgêneros. A norma de exclusão, numerada como 13, é clara e afirma que precisa: “ser mulher e não ter mudado de sexo”.


À época, Ackermann chegou a dizer que o concurso não descarta a possibilidade de aceitar mulheres trans no futuro, mas que agora querem manter a “tradição”.


Com grande êxito nos últimos anos, quase todas as colombinas que pisaram no palco do Miss Universo chegaram muito perto da coroa. O destaque vai para Paulina Vega, vencedora em 2014, e Ariadna Gutierrez, vice em 2015. Essa última ficou famosa no mundo todo por ter sido anunciada como vencedora por erro do apresentador.


A nova regra teve repercussão negativa no mundo todo. A espanhola Angela Ponce, 28, que se tornou a primeira candidata trans do Miss Universo, em 2018, disse sentir uma “tristeza enorme”.


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