19/07/2021
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Concurso não terá etapas municipais e a final ocorrerá em um navio. Coordenador em Santa Catarina é substituído por produtor do Rio Grande do Sul. O que aconteceu com o maiô Catalina?
Da esq. para dir.: Maria Rosa Gamio (Cuba, 4° lugar), Sonia Hamilton (Inglaterra, 3° lugar), Gladys Zender (Peru, 1° lugar), Terezinha Morango (Brasil, 2° lugar) e Gerti Daub (Alemanha, 5° lugar), no concurso Miss Universo 1957, nos Estados Unidos, com os consagrados maiôs Catalina – Foto: Divulgação/ND
MARCOS CARDOSO 19/07/2021 ÀS 10H00
Após o concurso Miss Universo 2020, realizado apenas em maio deste ano por causa da pandemia, os organizadores que assumiram a etapa brasileira no ano passado abriram as inscrições (até o dia 30 de julho) para a eleição da beldade que representará o país na 70ª edição, em dezembro próximo.
Desta vez, não será em ginásio, pavilhão, auditório ou hotel, mas dentro de um navio, o MSC Preziosa.
As candidatas estaduais serão confinadas no dia 29 de outubro, em Salvador, onde embarcarão no dia 2 de novembro no Navio Vumbora pro Mar, cruzeiro temático com o cantor Bell Marques e convidados.
Os desfiles ocorrerão entre os dias 5 e 7, e, no dia 8 de novembro, a nau aporta em Santos (SP) com a vencedora coroada.
O Miss Universo Brasil foi renovado para 2021, será em três etapas.
A primeira, on-line, com votação do público, júri e coordenadores, selecionará entre 30 e 100 candidatas por Estado, peneirando em seguida entre 15 e 30.
Na segunda, os coordenadores locais elegerão as representantes de cada uma das 27 unidades da Federação em evento presencial tradicional (com plateia) ou casting fechado.
A terceira, final, será no navio, e o público poderá escolher uma das Top 10 pela internet.
Entre os prêmios, estão uma bolsa de MBA e R$ 50 mil.
Em Santa Catarina, assumiu o promotor e produtor Marcelo Soes de Ávila, que atua no mercado gaúcho, substituindo Tulio Cordeiro, de Balneário Camboriú (SC), surpreendido com a decisão, após 13 anos de dedicação.
Catalina
A propósito, tempos atrás, me perguntaram o que era maiô Catalina, desfilado nos concursos Miss Brasil de outrora.
Não consegui concluir se a partir de determinada geração não se deu mais bola para este tipo de coisa ou se foi porque a marca sumiu do evento.
O fato é que houve esta ruptura no tempo, surgindo as eras antes e depois de Catalina (a.C./d.C.).
Os maiôs das misses, peça única azul, preta ou branca, deram lugar a biquínis que mostram mais que o desenho do corpo, porém sem ousadia ou vulgaridade. Século 21, né, gente?
Julia Gama, miss Brasil e segunda colocada no Miss Universo 2020 – Foto: Miss Brasil Universo/Divulgação/ND
Mas, o que aconteceu com a famosa grife? A Catalina, originária da Califórnia e que fazia sucesso em concursos de beleza americanos e entre atrizes de Hollywood desde a década de 1940, foi incorporada pela antiga Malharia Águia, de Petrópolis (RJ), nos anos de 1950, para alavancar as vendas dos maiôs brasileiros.
A empresa fluminense fundada em 1937 passou por algumas reformulações e, hoje, denominada Grupo Águia, produz trajes de banho sob o nome Club del Sol. Catalina, bem dizer, virou referência a um dos modelos, e não é mais fabricado no Brasil – desde 2014, somente na China.
Em 2011, a fábrica patrocinou a 60ª edição do Miss Universo, única realizada no Brasil, tendo como cidade-sede São Paulo, anunciada no ano anterior pelo então organizador, o próprio Donald Trump.