'Meu maior sonho é que o AM seja referência no Brasil e mundo', diz Vice Miss Brasil amazonense

Rebeca Portilho celebra a conquista, exalta as origens e mira em projetos com ecoturismo

Laynna Feitoza 21/07/2022 às 15:17. Atualizado em 21/07/2022 às 15:59

Aos 24 anos, a manauara construiu uma carreira como modelo internacional (Foto: Hans Weiser/Divulgação)

“Minha mensagem foi passada e meu dever foi cumprido”. Estas foram as palavras de Rebeca Portilho, Miss Universo Amazonas 2022, após alcançar o segundo lugar do Miss Universo Brasil, que aconteceu na última terça (19), em São Paulo. Natural de Manaus, a agora Vice Miss Brasil de 24 anos comemora a conquista, a qual diz não ser somente dela, mas também de todo o povo amazonense.

Esta é a segunda vez que Rebeca representou o estado no mesmo concurso. Ano passado, ela foi eleita Miss Universo Amazonas pela primeira vez e participou da mesma etapa nacional, onde ficou com a quinta colocação. “Estou me sentindo extremamente grata. Representar o Amazonas mais uma vez para mim foi uma honra”, afirma ela, em entrevista exclusiva para o BEM VIVER.

Portilho ficou atrás somente de Mia Mamede, a representante do Espírito Santo eleita Miss Universo Brasil neste ano. “Como Vice Miss Brasil eu terei a responsabilidade de assumir o título caso, por algum motivo, nossa atual representante não possa exercer o seu papel. Acredito também que estarei sempre junto à coordenação nacional para a realização de projetos e trabalhos”, comenta ela, que aproveitou para avaliar o seu desempenho no concurso.

“Eu me sinto uma vencedora, eu estudei muito, me preparei e evolui para chegar até aqui. Acredito que tudo tem um propósito e não irei questionar o tempo de Deus e do universo. Sobre faltar alguma coisa, nós seres humanos devemos sempre estar aprendendo e evoluindo, e eu ainda tenho muito que evoluir, mas acredito que tenha dado meu melhor nesse momento”, analisa.

Os jurados do Miss Universo Brasil deste ano escolheram previamente, a partir da análise de fotos e vídeos, as cinco finalistas do concurso, que então viajaram de seus estados para participar da grande final do certame. Durante o evento, que contou com os tradicionais desfiles de biquíni e traje de gala, Portilho utilizou um belo vestido verde, escolhido por ela própria, para a etapa final da competição. “O meu representa a força e a grandeza do Amazonas. Ele celebra minha origem e a proteção da natureza”, comenta ela.

Em relação ao ano passado, a amazonense afirma que buscou aperfeiçoar a sua oratória e comunicação, para que tivesse um melhor desempenho na disputa. Na grande final, Rebeca discursou sobre questões como o incentivo das pessoas ao trabalho voluntário e sobre violência contra a mulher.

“Eu fiz uma preparação nas Filipinas, um país de referência nos concursos de beleza. Ano passado foi essencial para eu saber onde eu deveria melhorar. Estudando e me dedicando, eu pude desenvolver muito mais minha comunicação. Nenhuma de nós sabíamos qual seria o tema das perguntas, mas todas estávamos preparadas para qualquer tema que fosse abordado”, aponta ela.

Experiência

Antes de ser miss, Rebeca já tinha uma vasta carreira como modelo internacional. Ela, que sempre se inspirou na top model Gisele Bündchen, viu seu interesse pela moda despontar aos 12 anos de idade e, aos 17, viajou para o exterior pela primeira vez como modelo. A manauara, que possui inglês fluente, participou de eventos como o Filipinas Fashion Week e o Londres Fashion Week; além de ter trabalhado para marcas como a Avon Filipinas e a Natura Brasil, entre outras.

Embora tenha um ar cosmopolita, Rebeca possui um apego e um carinho especial às suas raízes, que são múltiplas – vide o bisavô português e a bisavó indígena. “Meu bisavô veio de Portugal para Maués. Chegando lá, ele conheceu uma indígena da tribo Sateré-Mawé e casou-se com ela. Mas isso é tudo que sei até o momento: pretendo investigar mais a fundo para saber mais dessa história incrível”, conta ela, que sempre teve um profundo amor pela natureza.

Sobre a Miss Brasil eleita, Rebeca é só elogios: “Nossa atual representante é uma mulher maravilhosa, como todas as outras que compuseram o Top 5 desse ano. Mia é uma mulher inteligente, esforçada, e comunicativa. Tenho certeza que irá se dedicar muito para representar nosso País da melhor maneira possível”, declara.

Futuro

Após o concurso, Portilho pretende usufruir de alguns dias de descanso e depois retornar ao Amazonas, para dar continuidade aos projetos pessoais e profissionais. Questionada sobre se pretende voltar a disputar o Miss Universo Amazonas para tentar chegar, novamente, ao Miss Universo Brasil, ela não descarta, embora tenha outras coisas em foco.

“Nesse atual momento tenho outros projetos para desenvolver, é uma porta que não irei fechar. Mas quero aproveitar toda essa visibilidade para meus projetos pessoais e também para continuar incentivando e elevando o Amazonas. Meu maior sonho é que o Amazonas seja um estado de referência no Brasil e no mundo”, pontua ela.

Um dos projetos de Rebeca é o envolvimento em causas sociais e ambientais com mais força. “Ano passado, logo após o concurso, não tive a oportunidade de desenvolver isso melhor, mas pretendo fazer isso durante meu reinado de 2022 como Miss Amazonas e para o resto da vida. A minha causa social de preservação do meio ambiente é fundamental para o nosso estado. Acredito que, com investimentos no ecoturismo, podemos oferecer um serviço de qualidade para qualquer pessoa que deseja visitar o Amazonas e conhecer mais da nossa cultura. O Amazonas tem um grande potencial e precisa ser referência para o mundo de sustentabilidade”, completa.

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