‘Miss America’ troca biquíni por valorização da beleza interior

09/09/2018

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por: Redação Hypeness


50 anos após o início dos protestos feministas contra os padrões adotados pelo Miss America, o concurso de beleza mais famoso do mundo vai aposentar de vez maiôs, biquínis e vestidos de gala.


No ano em que a premiação completa 60 anos de história, as mulheres não vão poder mais desfilar vestindo trajes de banho ou roupas de festa. Nem mesmo os sapatos de salto alto serão obrigatórios. Daqui pra frente, as candidatas vão ter o direito garantido de escolher a roupa em que sentem mais confiança.


As mudanças, que vão valorizar a beleza interior das postulantes, foram anunciadas por Garthen Carlson – presidente do comitê nacional e ex-Miss America da edição de 1989. Uma das âncoras mais famosas dos Estados Unidos, Carlson foi responsável por acusar o executivo Richard Alies, da Fox News, de assédio sexual.



Os tempos são outros no concurso de beleza mais famoso do mundo


Ela foi responsável também pela gravação de dirigentes homens do concurso tecendo comentários vulgares e depreciativos contra as concorrentes. Segundo ela, a partir de agora todo o corpo diretivo do Miss America será constituído por mulheres.


Os novos caminhos são fruto da atuação do movimento feminista Me Too, que tomou conta dos EUA denunciando uma série de casos de assédio sexual em Hollywood. Mas não se engane, pois esta é uma bandeira histórica das feministas norte-americanas. Desde a década de 1960, elas lutam contra conceitos estereotipados e a hiperssexualização dos corpos femininos propagados pelo Miss America.


Em 1968, o movimento feminista dos EUA ganhava força com propostas de liberação da mulher, insufladas pela disseminação dos anticoncepcionais. A associação polícia Mulheres Radicais de Nova York lançou o manifesto No More Miss America (Chega de Miss America), apresentando 10 pontos contrários ao concurso de beleza. Entre eles a luta contra a opressão masculina, que classificava as mulheres como desmioladas e as exibia como animais, sempre meigas e sem opiniões.



Durante décadas, o movimento feminista protestou contra a hiperssexualização da mulher no concurso


Os protestos resultaram em sutiãs queimados e exemplares da revista Playboy atirados no lixo. O racismo também foi exposto pela NAACP – associação de afirmação da comunidade afro-americana, que ressaltou a ausência de mulheres negras nos concursos. Surgia o Black Miss America, que perdura até os dias atuais.


Neste ano, quem venceu o Miss America foi Nia Franklin, mulher negra de 24 anos e defensora das artes. Ela disse que vai usar o prêmio de 50 mil dólares em prol de mulheres negras que desejam se tornar cantoras de música clássica.


“Quero que a America veja que a música clássica ainda está viva e próspera, especialmente com uma mulher afro-americana cantando ópera. Existem muito mais crianças lá fora que não sabem que eles podem fazer música clássica.”


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