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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019 - 14h18
Natali Vitória, de 20 anos, relata que já se sentiu a pior pessoa do mundo, mas conseguiu dar a volta por cima
Natali Vitória é estudante de Medicina Veterinária. Foto: Divulgação/Instagram
Tatiane Moreno | entretenimento@band.com.br
Estar em um concurso de beleza não significa que você esteja livre de encarar discriminação. Natali Vitória, representante de Roraima, sabe bem o que é isso.
Segundo a estudante de Medicina Veterinária, mesmo nos dias atuais, ela continua sendo vítima de racismo. "Sofri na escola e sofro bullying até hoje na faculdade. Por meu cabelo ser extremamente afro, já fui chamada até de vassourinha. Chorei muito, me senti a pior pessoa do mundo. Eu era uma menina triste, não conseguia falar, tinha medo de tudo e de todos, mas dei a volta por cima, amadureci, aprendi a me aceitar, a me amar da forma que sou e entender que cada um é único e especial da forma que é", afirmou.
Para ela, que tem apenas 20 anos, conseguir falar sobre o assunto é uma superação. "Nem todo mundo consegue curar essa ferida. Hoje me considero uma mulher batalhadora e acima de tudo vencedora porque venci esse trauma".
Durante os dias que antecedem o concurso é natural que os amantes do mundo miss façam comparações entre as candidatas, analisando quem seria a possível ganhadora. No meio disso tudo, acabam surgindo críticas que nem sempre agradam as concorrentes. Mas, entre as misses, o clima é de harmonia e acolhimento. "Acredito que essa competitividade exagerada só exista na cabeça das pessoas de fora. Claro que todas querem ser vencedoras, mas cada uma é única, exclusiva e especial da forma que é. Lido tranquilamente com esses comentários nas redes sociais porque acredito que cada uma tem seu potencial à sua maneira", disse.
A grande final do Miss Brasil acontece no dia 9 de março no São Paulo Expo Imigrantes com transmissão ao vivo pela Band e pelo Portal da emissora.