Suspeito de assassinar miss no AM confessa que cometeu crime por ciúmes, diz polícia

17/05/2020

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Suspeito informou aos policiais que matou miss após ter visto mensagens no celular dela que o deixou aborrecido, segundo a Polícia Civil.


Por Patrick Marques, G1 AM  17/05/2020 00h07 



Suspeito de assassinar a miss Kimberly Karen Mota, de 22 anos, Rafael Rodrigues, chegou a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), em Manaus, no sábado (16). — Foto: Patrick Marques/G1 AM



Suspeito de assassinar a miss Kimberly Karen Mota, de 22 anos, Rafael Rodrigues, 31, confessou à polícia que cometeu crime por ciúmes. Ele chegou na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) em Manaus na noite deste sábado (16), após ter sido preso na tarde de sexta (15) em Pacaraima, em Roraima, na fronteira com a Venezuela.


De acordo com o delegado titular da DEHS, Paulo Martins, Rafael confessou o crime e afirmou que matou a namorada depois de ter visto mensagens no celular dela e ter ficado aborrecido.



Rafael Rodrigues confessou à polícia que cometeu crime por ciúmes. — Foto: Patrick Marques/G1 AM


“Ele diz que ela foi ao banheiro. Nesse momento, ela deixou o celular na cabeceira da cama. Ele sabia a senha e viu algumas mensagens que o aborreceu. Ele foi na cozinha, escondeu uma faca nas costas e deitou ao lado dela na cama. Em uma distração, ele deu a primeira facada”, informou o delegado.


Após a vítima ter sido atingida com no pescoço, ela não reagiu. Em seguida, de acordo com o depoimento dado à polícia, o suspeito deu outros dois golpes em Kimberly, que não resistiu.



Kimberly Mota foi encontrada morta no apartamento do namorado, no Centro de Manaus — Foto: Reproução/Facebook


“Quando ele percebeu que ela já estava morta, ele tentou carregá-la para tirá-la do apartamento e esconder o corpo. Ele não conseguiu. Ele levou ela para o banheiro, lavou [o corpo] - porque ela estava muito suja de sangue - para vesti-la e tirar ela do apartamento, mas não conseguiu. Como ele estava muito nervoso, ele deixou o corpo e fugiu”, explicou Martins.


Após ter sido localizado e preso em Pacaraima, policiais civis da DEHS em Manaus se deslocaram para a cidade para fazer o transporte de Rafael para a capital na sexta-feira (15). Os policiais e o suspeito saíram de Pacaraima para Manaus por volta de 14h e chegaram às 21h45.


Segundo a Polícia Civil, Rafael deve ser ouvido ainda durante a noite, com a presença de um advogado. No domingo (17), ele deve passar por audiência de custódia.


O assassinato

Kimberly Karen Mota de Oliveira, a atual Miss Manicoré, foi encontrada morta em Manaus. — Foto: Reprodução/Redes Sociais


O corpo da Miss Manicoré, Kimberly Karen Mota de Oliveira, de 22 anos, foi encontrado na madrugada de terça-feira (12), dentro do apartamento de Rafael Rodrigues, de 31 anos. A última vez que a família teve contato com miss foi no domingo (10), quando ela moça disse que estava com o namorado, relatou um tio ao G1.


Na noite de segunda-feira (11) familiares foram até o apartamento do suspeito mas não foram atendidos. Durante a madrugada de terça a família recebeu a ligação da polícia informando que ela havia sido encontrada morta no local. Na varanda do apartamento do suspeito, a polícia encontrou a faca usada no crime.


Uma amiga da vítima contou à polícia que o namorado buscou a jovem no domingo (10) e a levou até o apartamento dele. "Nós acreditamos que eles tiveram alguma briga, porque eles tinham esse relacionamento que ela pôs fim. E, como ela foi morta a facadas, a gente acredita que realmente houve uma briga entre os dois e que acabou ocorrendo essa tragédia", disse a delegada.


Rafael e Kimberly se conheceram em uma boate de Manaus, mas, segundo a investigação, ele já acompanhava a miss pelas redes sociais antes de se relacionarem.


Kimberly era a atual Miss Manicoré e cursava odontologia da Faculdade Metropolitana de Manaus (Fametro). Ela foi sepultada na tarde de terça (11) em Manicoré, no interior do Amazonas, a 330 Km da capital amazonense.


Rafael, de acordo com a polícia de Manaus, é natural de São Bernardo do Campo (SP) e se mudou para Manaus em 2017, quando ingressou no Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região – Amazonas e Roraima (TRT11)


A fuga
Após o crime, Rafael fugiu de Manaus. A entrada do suspeito em Roraima foi registrada na barreira sanitária na vila do Jundiá, em Rorainópolis, na divisa com o Amazonas. A fiscalização pega dados de passageiros para ficha epidemiológica sobre o coronavírus.


Nessa quarta-feira (13), a Polícia Civil de Roraima encontrou o carro de Rafael capotado na BR-174, em Caracaraí, ao Sul do estado. A suspeita era de que ele planejava fugir para a Espanha, passando pela Venezuela. A Polícia Civil do Amazonas chegou a informar que ele havia conseguido entrar no país.



Carro do suspeito encontrado capotado — Foto: Arquivo pessoal


De acordo com a Civil, Rafael pegou carona e depois um táxi até Caracaraí, onde fez um saque. Depois seguiu para Boa Vista, onde retirou mais dinheiro e seguiu para Pacaraima, município ao Norte de Roraima e que faz fronteira com a Venezuela.


Após a prisão, o delegado geral de Roraima, Herbert Amorim, informou que Rafael passou pelo Exército brasileiro e tentou entrar na Venezuela, mas foi impedido pela Força Nacional do país vizinho antes de ser preso.


Após a tentativa de fuga frustrada, Rafael retornou para Pacaraima, município ao Norte e que faz fronteira com a Venezuela. Ele se escondeu em uma cabana improvisada em região de mata e pagou para que venezuelanos fizessem a sua guarda pessoal.



Suspeito foi localizado pela Polícia Militar em um barraco de madeira — Foto: Polícia Militar/Divulgação


"Quando os agentes receberam a informação de que ele estava escondido, foram verificar e encontraram seis venezuelanos que atacaram os policiais civis com facões. Foi necessário pedir ajuda da PM, que foi informada que Rafael estava escondido na mata", explicou Amorim.


Com novas buscas e apoio de policiais militares, foi preso na tarde dessa sexta-feira (15). Junto com ele também foram presos dois venezuelanos, de 24 e 17 anos, por crime de favorecimento pessoal.


Os dois são irmãos e foram encaminhados à delegacia de Pacaraima. Eles disseram que não sabiam que Rafael era foragido e foram liberados após assinar um termo de compromisso para se apresentar à Justiça posteriormente.



Rafael Rodrigues foi preso em um barraco numa área de mata em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela — Foto: Arquivo pessoal


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